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Zuada e Zuera
02:56
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Futebol de travinha
Na pista de barro
No bairro do Bar da Josa
Rodando beyblade e pião
Acocorado no chão
Mirando a ximbra leitosa
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3. |
O Time da Mooca
02:18
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O Time da Mooca era o brother Luquinhas
O Monga, o Renato, o Romário, o Pé de Pato
O Vaguinho, o Venta, o Horácio, o Alex
O Pezão e o Pão que joga fácil
O Time da Mooca era o brother Luquinhas
O Monga, o Renato, o Romário, o Pé de Pato
O Vaguinho, o Venta, o Horácio, o Alex
O Pezão e o Pão que joga fácil
E eu era a número dois
De caneta riscada na farda
A marca da lama da bola na parede parda
O pé cheio de ferida
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4. |
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Era um garoto chamado Breno
Filho do Beto
Neto da Dona Nair
Menino quieto
Vivendo no teto de casa
À beira da Mooca
À beira da Mooca
Vi de chinelo lá na calçada
Meio donzelo, correndo com a pelota
Com seu violão
Sua luva de treino usada
À beira da Mooca
À beira da Mooca
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5. |
Duas Ximbras
01:16
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O olhos dela são duas ximbras
que tecaram no meu coração
nem por mil palmos me entregaria
já estou feito sobre o teu chão
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6. |
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Lembro de quando chegava o Orlando
Batia palmas
E "ô de casa"
Enquanto isso o meu pai soprava a brasa
Pro carvão queimar
Rolava conversa de todo tipo
Com o Orlando Golada
Bebia direito, levava jeito
Na arte de conversar
E dizia que era
Faixa-preta, karateca
Atirador de peteca,
Pistola e carreira
Que se ganha uma merreca
Pensa só na feira
Refrigerante Cafuné
Domingo fumageira
Bairro Primavera à tarde
Rua bagaceira
Bairro Primavera à tarde
Rua bagaceira
Faixa-preta, karateca
Atirador de peteca,
Pistola e carreira
Que se ganha uma merreca
Pensa só na feira
Refrigerante Cafuné
Domingo fumageira
Bairro Primavera à tarde
Rua bagaceira
Ficou de porre, quase morre com o amigo Orlando
Com o churrasco de ovo frito porque o gás cabou
Secaram um litro de aguardente até que o sol deitou
Que até a bala do revólver também bambeou
E tocava na radiola agora quem sou fã
Luiz Gonzaga, Jazz e frevo, discos do Djavan
Virava a aba do boné, fica em pé sambando
Até a sola do sapato descolar
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7. |
Camisa do Flamengo
02:42
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Da janela da TV
No esfregão da antena
Um chuviscão que dá pena
Preferia me jogar na geral
Se sacudir na galera
No alambrado, quem dera
Descer como uma avalanche no gol
Se sacudir numa grade
De tão bonito que era
A costeleta no rádio
Distraída com a bola
Na sola do capitão
Que atravessa dois no meio
Vai até o escanteio
E cruza pro Luizão
Que dá uma bicicleta
E pro azar do atleta
Bate no travessão
Quando o craque sai de maca
De lá de Arapiraca
Dá pra ouvir um torcedor
Na charanga do Totó
Minh'alma dá um nó
Com a intervenção do meu Senhor
E a minha camisa do Flamengo
Gloriosa, gloriosa
E a minha camisa do Flamengo
Gloriosa, gloriosa
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8. |
Zé Vigia
01:37
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9. |
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Era a manhã da última semana
Os preparativos da vinda
No humilde lar
Fim de novembro, às 8 e tanto
Na data de Santo André do ano ímpar
Luminosos no portão de casa,
De um tempo natalino,
Deus há de abençoar
Ele nasceu no dia terço
Descansava no berço até querer mamãe chorar
Então amanhecia na casinha
De gente boa, simplezinha
Do trabalho e do sustento
Iam assim costurando um destino
De cuidar daquele menino
Seu segundo rebento
Se arranjava com uma reca de meninos
Firme como um avião que não cai
O meu primeiro mundo masculino
Um moleque traquino, orgulho do pai
Quando mais velho, se danava numa moto
Pra sumir nos arredores do quarteirão
Minha mãe junto à sua foto
Despejava no broto a sua longa bênção
Vejo no rosto do meu irmão o tempo
Lembranças e paisagens,
Trajetórias e momentos
Estar em casa
E lembrar as histórias
Cultivar boas memórias
E bons sentimentos
Logo cedo, por entre os ambulantes
Atravessando as barracas, gritava o Léo
Manhã na feira, segunda-feira
Em cima no bagageiro, as caixas de pastel
Thiago o meu irmão mais velho
Semelhante ao do evangelho
Do Deus que nos uniu
Espevitado no meio de rua
Nas noites de lua do interior do Brasil
Vejo no rosto do meu irmão o tempo
Entre rios e paisagens,
Trajetórias e momentos
Para sentar em casa
E lembrar as histórias
Cultivar boas memórias
E bons sentimentos
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10. |
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